Copyright © 1998 Cid Miranda e William Gadêlha
1. Onde é que a Bíblia diz que Jeová usa uma "organização", com uma sede central, e que utiliza um "Corpo Governante" para dirigi-la? Onde estava esse Corpo Governante e onde era sua sede (tal como em Brooklyn) do 1o. século até o século 19? Em que versículos da Bíblia aparecem as palavras "Organização" e "Corpo Governante"?
2. Onde diz a Bíblia que a esperança celestial não está aberta a toda e qualquer pessoa que, com fé em Cristo, a aceite e que esta esperança seria substituída a partir de certa data (1935), por uma esperança terrena, e que as palavras de Cristo, em Lucas 22:19: "Fazei isso em memória de mim", com respeito aos emblemas do pão e do vinho, não se aplicam a todas as pessoas que depositam fé em seu sacrifício resgatador?
3. Que texto bíblico impossibilita que o "escravo fiel e discreto" seja simplesmente uma parábola, como a do "homem que construiu sua casa sobre a rocha" (Mateus 7:24,25), a do "homem que ajuntou bens em celeiros" (Lucas 12:16-20) e a do Bom Samaritano (Lucas 10:29-37), ilustrações que têm por objetivo transmitir lições sobre acatar as palavras de Deus, evitar o materialismo e a importância do amor ao próximo? A do "escravo fiel e discreto" ilustra a aprovação de Deus para os que bem O servem.
4. Em que parte da Bíblia se fundamenta a crença de que "o escravo fiel e discreto" é uma classe composta apenas de um número limitado de cristãos, e que não pode ser aplicado a indivíduos, e que esta mesma classe atua por meio de um Corpo Governante? Mais uma vez, onde estava esse Corpo Governante durante os últimos 19 séculos? Onde ele se reunia? Quem tomou conhecimento de suas decisões?
5. Onde diz a Bíblia que o "pequeno rebanho" em Lucas 12:32 se refere aos mesmos 144.000 de Revelação 7:4, já que o grupo de discípulos a quem Jesus falava nessa ocasião era, de fato, pequeno? Além disso, não seria o número dos seguidores de Cristo sempre pequeno em relação à maioria das pessoas que não aceitariam o cristianismo, fazendo parte dos poucos que achariam a estrada da vida? (Mateus 7:13,14)
6. Onde mostra a Bíblia que os cristãos estão divididos em duas classes, cada uma com uma relação diferente com Jeová e Cristo, com base num destino celestial ou terreno? Não está bem claro que as "outras ovelhas" a quem Jesus se referiu em João 10:16, eram apenas "pessoas das nações", que com o tempo viriam juntar-se à congregação cristã, dos dias de Cornélio em diante? Em que versículo bíblico lemos que estas "outras ovelhas" são as que compõem a "Grande Multidão"?
7. Em que parte da Bíblia se diz que a soma total dos 144.000 de Revelação 7:4 tem de ser entendida como um número literal (livro "Clímax de Revelação", pág. 117) quando se reconhece que as parcelas de 12.000 desta soma são simbólicas? Por que o total é literal e as parcelas são simbólicas? Onde é que a Palavra de Deus diz que isso tem de ser assim?
8. Onde se acha na Bíblia que a "Grande Multidão" não se refere e nem pode se referir a pessoas que servem a Jeová no Céu, quando Revelação (Apocalipse) declara que tanto os 144.000 (Rev. 14:3) como a "Grande Multidão" (Rev. 7:15) estão DIANTE DO TRONO e servem a Deus, no seu templo (que representa o Céu)?
9. Onde diz a Bíblia que o ano secular de 1914 foi o ano em que Cristo foi oficialmente entronizado como rei sobre toda a Terra, e que essa data (1914) marca o início de sua PAROUSIA (presença)? ONDE DECLARA A BÍBLIA que os "sete tempos" da loucura de Nabucodonosor (Daniel 4:16) são os mesmos TEMPOS DESIGNADOS DAS NAÇÕES de Lucas 21:24, e onde fala Revelação em "SETE TEMPOS"? ONDE?
10. Onde diz a Bíblia que o reinado de Nabucodonosor representa o reinado supremo de Deus (livro "Poderá Viver...", pág. 139, par. 14)? Faz sentido dizer que um rei pagão, adorador de ídolos, representa o reino do Deus altíssimo? Que acordo tem "o templo de Deus com os ídolos"? (1Cor. 6:14-16) O sonho do rei se cumpriu no sétimo ano de loucura dele próprio. Onde mostra a Bíblia que haveria outro cumprimento?
11. Onde diz a Bíblia que os servos de Jeová do passado, como Abraão, Isaque e Jacó, de modo algum terão uma vida celestial se Hebreus 11:16 diz que eles estavam "procurando um lugar melhor, isto é, um pertencente ao céu"? Na Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas (em inglês), publicada pela Sociedade, na tradução palavra por palavra (pág. 980), coluna da esquerda, sequer existe o termo "pertencente". Veja como este texto é traduzido em outras versões:
- Tradução do Novo mundo (TNM): "pois os que dizem tais coisas dão evidência de que buscam seriamente um lugar para si próprios. Contudo, se deveras se tivessem lembrado do [lugar] de que tinham saído, teriam tido a oportunidade de voltar. Mas agora procuram alcançar um [lugar] melhor, isto é, um pertencente ao céu".
- Almeida Revista e Atualizada: "... mas agora aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial."
- Bíblia de Jerusalém: "... Eles aspiram, com efeito, a uma pátria melhor, isto é, a uma pátria celestial."
- A Bíblia na Linguagem de Hoje: "...Mas pelo contrário, procuraram uma pátria melhor, a pátria celestial."
- Tradução Interlinear do Reino (da Sociedade) em inglês, pág. 980: "... Agora, porém, a melhor estão alcançando, isto é, a celestial".
Estes textos podem lhe fazer refletir: Não estavam Abraão, Isaque e Jacó buscando alcançar uma pátria celestial, não uma "esperança terrena" como ensina o Corpo Governante?
Perguntas conclusivas:
- Será que todos esses ensinos não se caracterizam em verdadeiros "mandados de homens"? (Mat. 15:9)
- Não é fato que as Testemunhas de Jeová poderão estar aceitando tudo isso por mera fé cega ou talvez em nome de um conjunto de supostas "verdades" que lhes são "reveladas" por homens que, de muitos modos, as induzem a crer que eles têm toda essa autoridade e que esta lhes é "conferida pelo espírito santo"? Não têm eles próprios afirmado isso quando alegam estar "sob a orientação do espírito santo"?
- E o que fazem e como reagem as Testemunhas de Jeová sinceras quando finalmente conseguem descobrir que tal "conjunto de verdades" se origina apenas de homens, não do espírito santo de Deus?
Será mesmo Jeová o único e verdadeiro nome de Deus?
Seu nome vem de Isaías 43.12, pois dizem ser as reais e únicas testemunhas de Jeová. Afirmam que Jeová é o único nome de Deus. No entanto, o nome Jeová não existe na Bíblia. O nome mais provável com o qual Deus se deu a conhecer a Moisés foi JHVH (Javé) que significa aquele que era, que é e que será para sempre (Ex 3.13,14),o Eterno. Os judeus não usavam vogais no início de sua escrita e, por causa do temor de usar o nome de Deus em vão, esqueceram a pronúncia correta do nome de Deus. Então, a partir dos massoretas que introduziram as vogais, misturaram os dois nomes:
J H V H e A D O N A I
donde resultou
J A H O V A H
A Bíblia, no entanto, nos apresenta outros nomes para Deus. ELYON (o Alto ou Altíssimo) em Gn 14.22; EL (O Poderoso) em Jó 5.17; EL SHADAI (O Todo Suficiente, Todo-Poderoso) em Gn 17.1; ADONAI (Meu Senhor, Senhor Deus), ELOHIM (Majestoso, Excelso) em Gn 1.1; PATER HEMON (Pai Nosso) em Mt 6.9; THEOS (Deus) em 1 Jo 4.8.
As Testemunhas de Jeová quando batem em nossas portas, insistem que JEOVÁ é o único nome de Deus. Mas eles são muitíssimo incoerentes. No livro PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO DA TERRA, da STV, na p. 43, seção 22, 23 e 24 está escrito assim:
" Os primeiros 39 livros da Bíblia foram escritos em Hebraico. Nele o nome (de Deus) é representado por 4 letras hebraicas (IHWH). Na antiguidade escrevia-se a língua hebraica sem vogais, que são letras tais como a, e, i, o ,u, que nos ajudam a pronunciar corretamente as palavras. Portanto, o problemas hoje é que não temos meios de saber exatamente que vogais os hebreus usavam junto com as letras IHWH... Não se sabe exatamente como era pronunciado (o nome de Deus), embora alguns eruditos achem que "Javé" ("IAHWEH") seja a forma mais correta. No entanto, a forma "Jeová" já está em uso por muitos séculos e é a mais conhecida... é correto usar o nome de Deus, que é revelado na Bíblia, quer o pronunciemos "Javé", quer "Jeová", quer de outra forma comum em nossa língua."
Em 1942 morreu Rutherford e assumiu Knorr a liderança do movimento. Foi na era Knorr que a Sociedade Torre de Vigia (STV) fabricou a sua bíblia peculiar, chamada de Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, que não traz o nome de seus 5 "Tradutores", sendo o próprio Knorr um deles.
No ano de 1949 tinham grupos por quase todas as cidades dos E. Unidos e em outras partes do mundo. Atualmente estão espalhados praticamente em todos os países do mundo. Cada país tem um centro que é ligado no Plano Internacional.
" A seita tem um centro em cada país chamado filial, dirigido colegialmente por um comitê de vigilantes de três a cinco membros. No plano internacional, o movimento é dirigido por um colégio central de 18 membros, situado no Brooklyn, cujo presidente é renovado todos os anos.
O autor Tácito da Gama Leite Filho fala mais:
" Todo adepto é considerado ministro ordenado por Deus, e não pelo homem, e deve ir de casa em casa vendendo livros no território para ele designado por seus superiores oficiais. Sua principal mensagem tem sido: Leia, creia, venda os livros de Russel e Rutherford, fale de Deus como Jeová, e de todas as Igrejas como Anti-Cristos - faça isso e será salvo.
Conclusão
Poderíamos nos delongar num extenso tratado onde não haveria qualquer dificuldade em refutar absolutamente todas as teorias vazias da Sociedade Torre de Vigia, verdadeiro nome da empresa religiosa autointitulada Testemunhas de Jeová.
Há de ressaltar-se que os membros sinceros dessa seita são vítimas das técnicas de aprisionamento dessa organização, que em várias partes do mundo é considerada criminosa inclusive. Essa pessoas devem continuar a ser bem recebidas em nossa casa, e ser bem tratadas como qualquer digno filho de Deus, mas se deve negar-lhes a oportunidade do esclarecimento, mesmo que os mesmos afirmem tratar-se de material " apóstata" , a verdade impõe-se por si própria, pois uma seita que não oferece respostas adequadas não justifica a sua própria existência.
Por fim há também aqueles " testemunhas" que são movidos não por um sentimento sincero, mas apenas pelo orgulho de acreditarem que foram ungidos de forma especial, mesmo que estejam aprisionados pelo orgulho e pela cegueira doutrinária. A esses não se deve incentivar o debate, pois seria o mesmo que defrontar a razão com a bem conhecida " ignorância invencível" , aquela que descreve que mesmo que Jesus apareça a um desses alertando dos riscos de sua seita, o mesmo correrá ao seu ancião informando que viu o demônio, e não que foi visitado pelo próprio filho de Deus. Em suma, bom senso é característica dos sábios. Entretanto, vale a pena lembrar uma frase curiosa da própria Sociedade Torre de Vigia em seu material de doutrinação:
" Não ajuda o silêncio a fazer com que a mentira passe por verdade...?"
Revista A Sentinela de 15 de Julho de 1974, pág. 419
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