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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FELIZ 2009

Um FELIZ 2009, repleto de muita PAZ, SAÚDE, FELICIDADE, SUCESSO e PROSPERIDADE, são os votos dos editores, leitores e amigos do Blog Somos Católicos.

Santo do dia - 31 de dezembro

São Silvestre I

A Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu da clandestinidade, no século IV, sob o império do imperador bizantino Constantino, que se converteu à fé em Cristo. Desse modo, o cristianismo se expandiu livremente, tendo no comando da Igreja um papa à altura para estruturá-lo como uma organização eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um romano eleito em 314. Tanto assim que sobreviveu a muitas outras turbulências para chegar, triunfante, ao terceiro milênio.

Embora o imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o cristianismo ainda não estava em completa paz. Até o imperador convertido foi convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o credo contra a heresia ariana.

Tudo isso acontecia com o papa Silvestre I já bem idoso. Como não agüentaria a viagem, mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o bispo Ósio, de Córdoba, e mais dois sacerdotes assessores. Como havia harmonia entre o papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados também no sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse papa.

A construção mais importante, sem dúvida, foi a basílica em honra de são Pedro, no monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez aumentar muito a importância e o significado de a construção dedicada a Pedro ter sido feita ali. Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo Extra-Muro, e também a dedicada a são João, em Roma.

Também por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas esses atos não ocorreram porque Constantino tinha-se convertido ou por interferência de sua mãe Helena: o grande mérito se deve ao trabalho do papa Silvestre I. Podemos analisar melhor com a atitude de Constantino, que nunca se deixou batizar. A conversão total veio no leito de morte, quando pediu o batismo e recebeu a comunhão. Constantino está, agora, incluído no livro dos santos, ao lado de sua mãe.

Quanto ao papa são Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o cristianismo. No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é celebrado dois dias depois.


São Silvestre I, rogai por nós

31 de dezembro - Santos do dia

Santa Catarina Labouré

A chamada "medalha milagrosa" é fruto de uma visão que a religiosa vicentina Catarina Labouré teve da Virgem Maria em 1830. Na visão, a Imaculada apareceu como está na imagem e pronunciou a oração "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós", exatamente como a conhecemos.

Irmã Catarina foi batizada com o nome de Zoe de Labouré. Filha de uma numerosa família de fazendeiros cristãos, nasceu em 2 de maio de 1806, na região de Borgonha, interior da França. Na infância, ficou órfã de mãe e desde então "adotou Mãe Maria" como sua guia, dedicando-lhe grande devoção. Cresceu estudiosa, obediente e muito piedosa. Aos dezoito anos, a vocação para a vida religiosa era forte, então pediu ao pai para segui-la, mas ele relutou.

Dada a insistência por anos a fio, ela já estava com vinte e quatro anos, antes de consentir preferiu mandá-la a Paris, para que testasse sua vocação. Chegou em abril de 1830 na cidade, e logo percebeu que estava certa na decisão, pois não se motivou com os encantos da vida agitada da sociedade urbana. Então, em maio, com autorização de seu pai, iniciou o noviciado no Convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris mesmo.

Quando recebeu o hábito das vicentinas, mudou o nome para irmã Catarina. A jovem noviça impressionava pelo fervor com que rezava na capela das vicentinas, diante do relicário de são Vicente de Paulo, onde tinha constantes visões. Contou ao confessor que primeiro lhe apareceu várias vezes o fundador, depois as visões foram substituídas por Jesus eucarístico e Cristo Rei, em junho do mesmo ano. Orientada pelo confessor, continuou com as orações, mas anotando tudo o que lhe acontecia nesses períodos. Assim fez, e continuou o seu trabalho num hospital de Paris.

Em junho, sempre de 1830, teve um ciclo de cinco aparições da Imaculada da medalha milagrosa, sendo três consideradas mais significativas. A primeira delas foi na noite de 18 de junho, quanto veio um anjo e a conduziu à capela da Casa-mãe, onde Catarina conversou mais de duas horas com Nossa Senhora, que avisou sobre os novos encontros.

Ela voltou a aparecer em novembro e dezembro. A que mais chamou a atenção foi a de 27 de novembro, quando veio em duas seqüências, que, por uma intuição interior, Catarina pensou em cunhar numa medalha. Foi assim que surgiram as primeiras, em junho do ano seguinte. Também foi criada a Associação das Filhas de Maria Imaculada, que propagou o culto a Nossa Senhora Imaculada através da medalha. Desde aquela época, passou a ser conhecida como "a medalha milagrosa", pelas centenas de curas, graças e conversões que produziu por intercessão de Maria.

Depois disso, as visões terminaram. Catarina Labouré morreu em 31 de dezembro de 1876, em Paris, onde trabalhou quarenta e cinco anos, no mesmo hospital designado desde o início de sua missão de religiosa vicentina.

Foi beatificada, em 1933, pelo papa Pio XI e canonizada pelo papa Pio XII em 1947. Seu corpo está guardado num esquife de cristal na capela onde ocorreram as aparições. Para a família vicentina, o Vaticano autorizou uma festa no dia 28 de novembro. A celebração universal a santa Catarina Labouré foi marcada no dia de sua morte pela Igreja de Roma.

Santa Catarina Labouré, rogai por nós

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

30 de dezembro - Santo do dia

São Rugero

Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane.

No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas.

O bispo Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral.

Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos, incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as crianças.

Todavia esse século também foi um período conturbado para a história da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo: "Tudo para todos".

Por tudo isso e por seus dons de conselho e sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II. Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação.

Entrou rico de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos divulgaram a sua santidade.

No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela Igreja.

São Rugero, rogai por nós

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

29 de dezembro - Santo do dia

Santo Tomás Becket

Nasceu em Londres, no ano de 1177, foi ordenado arcediago e colaborador do arcebispo de Canterbury, Teobaldo.
Quando o arcebispo morreu, em 1161, Henrique II escolheu Tomás como sucessor à sede pr
imaz de Canterbury. Ele se tornou um grande defensor dos direitos da Igreja e um zeloso pastor de almas.

Foi ordenado sacerdote em 03 de junho de 1162 e, consagrado bispo um dia depois. Tomás Becket negou reconhecer as novas leis, porque possuía direitos abusivos, para escapar da ira do rei, fugiu para França, onde ficou seis anos no exílio, levando uma vida ascética em um
mosteiro cisterciense.
Restabelecida a paz com o rei, Tomás voltou a Canterbury, porém, houve quem se encarregasse de enviar quatro cavaleiros armados para lá, o arcebispo foi avisado, porém, muito calmamente disse:

"O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça", e ainda: "Aceito a morte pelo nome de Jesus e pela Igreja".

Em 23 de dezembro de 1170, deixou-se apunhalar sem opor resistência, ainda com as vestes sacerdotais.

Santo Tomás Becket, rogai por nós!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Santo do dia - 28 de dezembro

Santos Inocentes

Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez.

Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença.

Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina.

Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo".

Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado.

Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército.

A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse.

Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.

Santos inocentes, rogai por nós


sábado, 27 de dezembro de 2008

27 de dezembro - Santo do dia


São João, Apóstolo e Evangelista

É muito difícil imaginar que esse autor do Quarto Evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e indouto. Mas foi dessa forma que o Sinédrio classificou João, o Apóstolo e Evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único Apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz.

João era um dos mais jovens Apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual depois o enviou à Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus.

Costuma ser definido, dentre os Apóstolos, como o homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na transfiguração de Jesus, e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos o único na hora final. Na cruz, Jesus vendo-o ao lado da Virgem lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe Maria.

Os detalhes que se conhece revelam de que após Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois com Pedro se transferiu para a
Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas Igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o Quarto Evangelho, o Apocalipse e as Epístolas, aos cristãos.

Diz a tradição que, antes do imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo sem nenhuma queimadura. João morreu e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus.

O Evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado estas regiões.

São João Evangelista, rogai por nós

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sites religiosos - temos que separar o joio do trigo

Clique em “Amém”

Anadir Romeiro, Maria Cecília dos Santos e Estela Moscardo são cristãs fervorosas. Elas se conheceram nas atividades da igreja que freqüentam, a Adventista do Sétimo Dia, na Vila Maria, zona norte de São Paulo. Juntas, organizavam festas para os fiéis. De tanto se dedicar à programação dos eventos da igreja, foram convidadas pelo pastor para ajudá-lo a formar uma corrente de oração. A idéia era criar uma rede de fiéis que orasse por aflitos quando eles precisassem – e pedissem. Para isso, recorreram a uma ferramenta poderosa: a internet. Com a ajuda de especialistas em informática, criaram um link no site da igreja para receber os pedidos de oração dos fiéis. Nascia assim o Ministério da Oração.

Hoje, o site da igreja repassa os pedidos que recebe para uma rede de devotos formada por 250 pessoas. São fiéis que se cadastram no próprio site ou alunos da escola da igreja. Os oradores solidários são chamados de “intercessores”. Cada intercessor é orientado a orar três vezes por dia pelas causas dos outros. Mas, se o pedido é urgente, como no caso de um seqüestro, acidentes e problemas de saúde grave, o atendimento espiritual é instantâneo. A rede de intercessores é acionada no momento em que o pedido chega.

O plantão da fé ganhou o nome de SOS Oração. “Recebemos pedidos de brasileiros que moram fora do país e também de pessoas que freqüentam outras igrejas”, afirma Anadir, de 50 anos. Em média, o Ministério da Oração recebe 15 pedidos por dia. A maioria para cura de doenças. A identidade de quem pede só é revelada se a pessoa autorizar.

O Ministério da Oração é uma pequena amostra de como a fé dos brasileiros tem se manifestado na internet. No site do padre Marcelo Rossi chegam cerca de 3.500 pedidos de oração por dia. O padre diz que grava todos os pedidos em CDs e os abençoa durante uma missa, uma vez por semana. A lógica por trás desse expediente é a crença de que quanto maior for o número de pessoas rezando por uma causa maior será a chance de o pedido ser atendido.

No site Oração e Mensagem, os pedidos de oração ficam expostos, como se fossem “posts” de um blog. Cerca de 300 mensagens, com os mais diferentes temas, formam um quadro das aflições da alma brasileira. A saúde é um tema recorrente. “Por favor, orem por meu pai. Ele está com problemas de coração e será operado em breve”, diz uma mensagem. Outra se refere à vida profissional: “Trabalho em um lugar onde sou perseguida, não tenho meu trabalho reconhecido. Todos com quem eu trabalho estão sendo reconhecidos, promovidos, exceto eu”.

Autora de uma tese sobre “altares on-line”, a professora de Teologia Mabel Salgado, da Arquidiocese de Juiz de Fora, em Minas Gerais, afirma que as redes de oração on-line reinventam uma tradição brasileira, que é pedir graças e agradecer por tê-las recebido. “A diferença é que agora os devotos usam ferramentas modernas”, diz.

“A internet é um veículo cada vez mais importante para a comunicação da Igreja”, diz o padre Antonio Xavier, sacerdote da área de tecnologia da informação da Canção Nova, uma instituição da Igreja Católica voltada para os jovens e que tem por princípio usar os meios de comunicação para evangelizar os fiéis.

Segundo o sacerdote, o portal da Canção Nova recebe cerca de 6 milhões de acessos por mês. Abriga 200 blogs de assuntos variados e tem uma rede própria de relacionamentos virtuais. Em outras religiões, até o dízimo pode ser cobrado pela rede. No site da Igreja Mundial do Poder de Deus – fundada pelo pastor Valdemiro Santiago, dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus –, os fiéis conseguem até imprimir um boleto bancário para pagar suas contribuições. Na era da fé on-line, os fiéis nem sequer precisam ir à Igreja para sustentá-la.

Eles oram por você - alguns endereços de sites

oracaoemensagem.com.br

É voltado para receber pedidos de orações. O cadastro exige apenas o nome e o e-mail de quem faz o pedido. Como em um blog, o “post” fica publicado no site e pode ser lido por qualquer internauta

cancaonova.com

Para pedir uma oração, basta abrir o link correspondente, escrever o pedido, clicar em “enviar” e esperar a graça

padremarcelo.com.br

No site de padre Marcelo Rossi, hospedado no portal Terra, há desde notícias religiosas do mundo todo até contato com organizadores de caravanas para as missas do padre-cantor. O espaço destinado aos pedidos de oração é decorado como uma carta

Rosário às Santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo

Rosário às Santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo

No início:

Fazer o sinal da Cruz, rezar o creio e após...

Oh! Jesus, Divino Redentor, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.

Deus Forte, Deus Santo, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.

Graça, Misericórdia, Meu Jesus; nos perigos presentes, cobri-nos com Vosso preciosíssimo Sangue.

Pai Eterno, tende Misericórdia de nós, pelo Sangue de Jesus Cristo, Vosso Filho Unigênito, tende Misericórdia de nós, Vos suplicamos. Amém, Amém, Amém.

Em lugar do Pai Nosso:

Pai Eterno, eu Vos ofereço as santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo; Para curar as de nossas almas.

Em lugar de cada Ave-Maria:

Meu Jesus, perdão e misericórdia: Pelos méritos de vossas santas Chagas.

Terminando o Rosário, deve-se rezar três vezes:

Pai Eterno, eu Vos ofereço as santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo; Para curar as de nossas almas. Amém.

AS PROMESSAS:

As Santas Chagas e a Igreja.

Nosso Senhor renovou muitas vezes à Irmã Maria Marta Chambon a promessa do triunfo da Santa Igreja pelo poder das Suas Chagas e da Virgem Imaculada:

“Minha filha, deves cumprir bem a tua tarefa, que é a de oferecer as minhas divinas Chagas ao meu Eterno PAI, porque daí provirá o triunfo da Igreja, que virá através de minha Mãe Imaculada.

As invocações às Santas Chagas obter-lhes-ão uma vitória incessante... Deveis ir beber, sem cessar, a estas fontes para o triunfo da minha igreja.”

As Santas Chagas a as Almas do Purgatório

“O beneficio das santas Chagas faz descer as graças do Céu e faz subir a ele as Almas do Purgatório.

Todas as vezes que olhardes para o divino Crucificado com um coração puro. Obtereis a libertação de cinco Almas do Purgatório: uma por cada fonte. Obtereis também, ao fazer a Via Sacra, se o vosso coração estiver bastante puro e desapegado, o mesmo favor em cada estação, pelo mérito de cada uma das Minhas Chagas.

Quando ofereceis as Minhas Chagas pelos pecadores, não vos deveis esquecer de o fazer pelas Almas do Purgatório, porque há poucas pessoas que pensam no seu alivio. As santas Chagas são o tesouro dos tesouros para as Almas do Purgatório.”

Santas Chagas e o Céu

Para coroar as Suas magníficas promessas Nosso Senhor mostrou por fim nas Suas Chagas, as arras da nossa futura glória e fez entrever à Ir Maria Marta a felicidade que se sente no Céu ao contemplá-las.

As Almas que rezam com humildade que meditam na Minha Paixão terão um dia uma participação na glória das Minhas Divinas Chagas. Seus membros receberão delas uma beleza e uma glória resplandecentes.

Quanto mais tiverdes contemplado as Minhas Chagas dolorosas na Terra, mais as contemplareis gloriosas no Céu.

Uma Alma, em estado de graça, que durante a vida honrou as Chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO e as ofereceu ao PAI ETERNO pelas Almas do Purgatório, na hora da morte será acompanhada pela Santíssima Virgem, e os Anjos e Nosso Senhor Crucificado todo resplandecente de glória recebê-la-á e coroá-la-á

As graças que recebeis são graças de fogo. Elas vêm do Céu, e para o Céu devem voltar.

A Coroa de Espinhos

As almas que tiverem contemplado a Minha coroa de espinhos nesta vida terrena, serão no céu, Minha coroa de glória.

Por um instante que contemplardes esta coroa na terra, dar-vos-ei uma na eternidade.

É a coroa de espinhos que vos obterá a glória.

Uma só alma que faz as suas ações em união com os méritos da Minha Santa Coroa, ganha mais que uma comunidade inteira.

Felicidade dos justos é a Santa Coroa, porém para os maus é um objeto de terror.

O doce Salvador dizia à sua pequena serva:

Uma coisa me causa desgosto, é que haja almas que considerem a devoção às Minhas Chagas, como algo estranho, desprezível e que não convém. É por isso que ela cai e que a esquecem.

Se, com todas as riquezas de que estão repletas as Minhas Chagas, não aproveitardes, sereis bem culpadas.

As almas que não veneram as minhas santas chagas, pelo contrário, as ridicularizam, essas almas eu rejeito-as.

Os pecadores desprezam o crucifixo; eu tenho paciência mais um dia e Me vingarei.

AS MINHAS CHAGAS SALVAR-VOS-ÃO INFALIVELMENTE; ELAS SALVARÃO O MUNDO. Poucas pessoas se dedicam a meditar a paixão de nosso senhor Jesus Cristo, que são Francisco de Sales chama: a verdadeira escola do amor, o mais doce e mais intenso motivo de piedade.

TODOS OS DIAS DA SEMANA, ENTRE E PERMANEÇA POR AMOR, EM UMA DAS CHAGAS DO SALVADOR. (S.FRANCISCO DE SALES)

O Sagrado Coração de Jesus

Uma vez quando a Ir. Maria se encontrava prostrada aos pés do SANTÍSSIMO SACRAMENTO Nosso Senhor, abrindo o Seu sagrado coração como a fonte de todas as outras chagas, volta a insistir a Ir. Maria: ''Escolhi a minha fiel serva Margarida Maria para dar a conhecer o meu Divino Coração, e a minha pequena Maria Marta para introduzir a devoção às minhas CHAGAS.''

A fonte onde todos deveis beber!

Vem à chaga do Meu divino lado é a chaga do Meu amor donde saem chamas bem vivas. Coloca aqui os teus lábios, para beber a caridade de derramá-la no mundo.

Põe aqui a tua mão, para vireis buscar os Meus tesouros.

Estreita-te ao Meu coração e descobrirás nele toda a bondade de que ele está cheio.

É preciso que pela humildade e aniquilamento os vossos corações se unam ao Meu.

Devoção as Santas Chagas

A Devoção às SANTAS CHAGAS

Há devoções tão antigas como o Calvário e que tiveram pontos altos na vida e na história da Igreja. Entre estas está a devoção das Santas Chagas.

Parece ser da vontade de Deus reavivar tal devoção, como meio de santificação pessoal e reparação pelos pecadores. Perante tanta maldade e desordem, desprezo pelo divino e indiferença pela ofensa ao Criador, só a reparação pode salvar o mundo. Daí a necessidade de almas reparadoras. E a devoção das Santas Chagas é eminentemente reparadora.

Santo Agostinho, São João Crisóstomo, São Bernardo, São Boaventura, São Tomás de Aquino e São Francisco de Assis fizeram desta devoção objeto especial do seu zelo apostólico.

AS SANTAS CHAGAS.

O Senhor, ao manifestar-Se à Irmã Maria Marta Chambon, do Mosteiro da Visitação de Santa Maria Chambery, falecida em odor de santidade em 21 de Março de 1909, encarregou-a de invocar constantemente as Suas Chagas e de avivar esta devoção no mundo.

Aparecendo um dia em toda a beleza da Sua Ressurreição, disse à Sua bem amada:

- "Minha filha, Eu mendigo, como faria um pobre; Chama os Meus filhos um a um. Olho-os com complacência quando vêm a Mim. Eu espero-os!”.

"Minha filha, nunca deveis ter medo de exagerar na devoção às Minhas Chagas, porque nunca sereis confundidos, ainda que as coisas pareçam impossíveis. Concederei tudo o que Me pedirem pela invocação às Santas Chagas.

Obtereis tudo, porque é o Mérito do Meu Sangue, que é de um preço infinito. Com as Minhas Chagas e com o Meu Divino Coração podeis obter tudo! É preciso espalhar esta devoção.

"Encontras Chagas por toda a parte no Corpo do teu Esposo! Quero que também, sejas assim!

Contempla-Me na Cruz: Quando Eu estava lá, não olhava nem para os carrascos, nem para os ultrajes; Olhava para Meu Pai.

É assim que deveis cumprir o vosso dever, fazendo o que Eu quero, sem nenhum olhar para a criatura. Tal como Eu, que olhava unicamente para Meu Pai! .

Para este fim, revelou-lhe com palavras vivas os tesouros que encerram essas feridas abertas na Sua Carne imaculada.

“O Meu Pai compraz-Se na oferta das Minhas Sagradas Chagas. Oferecer as Minhas Chagas ao Pai Eterno é oferecer-Lhe a Sua Glória, é oferecer o Céu ao Céu.

A revelação:

"Minhas Chagas repararão as vossas. Os que a honrarem terão verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo."

"Minhas Chagas cobrirão as vossas faltas. Meditando nelas encontrareis sempre novo alimento de amor."

"Concederei tudo quanto me pedirem com a invocação de minhas Chagas."

"Obtereis tudo, porque o mérito de meu Sangue é de um preço infinito. Com meu Coração e minhas Chagas podeis conseguir tudo."

"Este Rosário de Misericórdia faz contrapeso à Minha justiça. A cada palavra Eu deixo cair uma gota de Meu Sangue, sobre a alma de um pecador."

"É necessário propagar esta devoção."

Deveis repetir com freqüência, junto aos doentes esta aspiração: "MEU JESUS, PERDÃO E MISERICÓRDIA, PELOS MÉRITOS DE VOSSAS SANTAS CHAGAS."

Esta oração aliviará a alma e o corpo. Muitas pessoas experimentarão a eficácia destas aspirações.

"Desejo que os sacerdotes a dêem com freqüência aos penitentes no Santo Tribunal."

O pecador que disser a oração seguinte, alcançará perdão:

"PAI ETERNO, EU VOS OFEREÇO AS CHAGAS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, PARA CURAR AS DE NOSSAS ALMAS".

"Oferecei-me com freqüência estas duas aspirações para ganhar-me pecadores, porque tenho fome de almas."

"A devoção às Minhas Chagas é o remédio para este tempo de iniqüidade".

"Sou Eu quem o quer: deveis fazer as vossas invocações com grande fervor."

"Tal como há um exército organizado pelo Mal, também há um exército organizado por Mim. Com esta oração sois mais poderosas que um exército, para travar os Meus inimigos. Vós sois muito felizes, vós a quem ensinei a oração que Me desarma: "MEU JESUS, PERDÃO E MISERICÓRDIA, PELOS MÉRITOS DAS VOSSAS SANTAS CHAGAS".

"Minha filha, onde se fizeram os Santos, senão nas Minhas Chagas? Todos os Meus Santos são fruto das Minhas Chagas.

"Quando as Minhas Santas Chagas foram abertas, houve um "engano" no homem, que julgou que elas terminariam. Mas não, elas serão eternas, e serão eternamente vistas por todas as Minhas criaturas. Digo-te isto para que não as olhes por hábito, mas que as veneres com grande reverência e humildade."

26 de dezembro - Santo do dia

Santo Estêvão

Primeiro mártir cristão

Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa da fé cristã foi Estêvão, considerado por isso o protomártir.

Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo.

Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo".

Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés.

Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras.

Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.


Santo Estevão, rogai por nós

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

25 de dezembro - Santo do dia


NATAL DO SENHOR

No princípio, o nascimento de Jesus era festejado a 6 de janeiro, no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Mas um antigo documento datado do ano 354 atesta que em 25 de dezembro os pagãos comemoravam em Roma a ocorrência do solstício de inverno. Era a festa ao deus Sol, marcando o evento em que ele vencia as trevas do inverno.

Vem daí o significado da transferência da comemoração do nascimento do Messias para este dia, indicando aos cristãos que o verdadeiro sol a iluminar as trevas é o Cristo feito homem pela vontade de Deus.

Assim, com o tempo, o Oriente passou a comemorar o Natal também em 25 de dezembro. Os registros mostram que isso acontecia já em 376 em Antioquia e em 380 em Constantinopla.

Esse período em Roma era para os pagãos a época das férias de Saturno, quando os escravos se sentavam às mesas com seus senhores e ganhavam presentes. Mas a tradição de presentear no Natal cristão vem das oferendas dos reis magos ao Menino Jesus, na gruta de Belém.

A encarnação de Cristo marca a participação direta dos homens na vida divina. A festa do Natal é a demonstração maior da alegria de compartilhar com o Criador a encarnação de seu Filho Jesus, tornando-se um dentre nós.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL

São os sinceros votos do Blog SOMOS CATÓLICOS

A FÉ em DEUS supera tudo

A superação pela fé

Como a esperança de renovação simbolizada pelo Natal dá forças para enfrentar tragédias pessoais

ENTRE NÓS
Entrada do Cristo em Jerusalém, de Flandrin. A imagem simboliza a fé


Quando os cristãos passaram a celebrar o Natal, instituído pelo papa Libério no ano 354, tomaram emprestada uma data já cultuada em celebrações pagãs. O solstício de inverno, a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte, era festejado havia séculos. Entre os persas, comemorava-se o “nascimento do deus sol invencível” – ou Mitra, divindade que, segundo a mitologia, teria se aliado ao astro rei para garantir luz e calor na Terra.

No solstício, tem-se a impressão de que o Sol será vencido. Mas ele ressurge, invencível. No Império Romano, a Saturnália começava em 17 de dezembro e durava 12 dias. Havia grandes jantares, enfeitavam-se as árvores e trocavam-se presentes – símbolos de uma prosperidade vindoura. Ao cristianizar as festas pagãs, a Igreja Católica adotou o dia 25 de dezembro como o do nascimento de Jesus, identificando Cristo com o Sol que os pagãos veneravam.

A idéia associada ao Natal é que o menino Jesus ilumina as pessoas que estão na penumbra, na escuridão, diz Fernando Altemeyer, professor de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: “Quando as pessoas encontram o amor de Deus, as coisas mais difíceis podem ser amenizadas. Assim, elas podem conseguir reconstruir a sua vida”.

Ao associar a esperança de prosperidade dos cultos pagãos ao nascimento de Cristo e aos ensinamentos que ele deixou, o Natal se converteu numa data carregada de simbologias ligadas à vida, à fé e à perseverança.

A cena reproduzida nesta página, pintada no século XIX pelo francês Jean-Hyppolite Flandrin (1809–1864) na capela de St. Germain-des-Prés, em Paris, transmite essa idéia. Ela mostra a chegada do Cristo a Jerusalém, evento que teria sido previsto pelo profeta Zacarias. Segundo o Antigo Testamento, o Messias entraria em Jerusalém para as festas de Páscoa em cima de um jumento. Jesus é então reconhecido rei, o rei do reino dos céus. É uma comemoração da Paixão.

Durante os primeiros séculos, a Igreja Católica só festejou a Paixão de Cristo na Páscoa. Com o tempo, ficou claro que, para confirmar a ressurreição, era importante celebrar também o nascimento de Jesus. Foi assim que, a partir do século IV, o Natal se tornou a data fundamental do calendário religioso dos católicos. De lá para cá, ela evoca a transcendência fundamentada na crença de que Deus se fez homem para salvar a humanidade. O Natal é o momento em que Deus se “rebaixa” para erguer e resgatar a humanidade.

Para quem viveu uma situação dramática, a chegada do Natal traz a perspectiva de novos sentidos onde só havia escuridão. “Até mesmo uma mãe que perdeu um filho pode perceber o apoio que recebeu das pessoas que jamais imaginou que iriam confortá-la”, afirma o teólogo Altemeyer. Mãe da menina Isabella, que morreu assassinada aos 5 anos, em março, no crime que mais chocou a sociedade brasileira em 2008, Ana Carolina de Oliveira vive o desafio de seguir em frente depois da tragédia. Isso exige uma fé em permanente renovação. “Não tenho como não lembrar dos momentos tão especiais de cumplicidade”, diz Ana Carolina. “Isso me faz muita falta. Eu sempre gostei do Natal e passava todos esses momentos com a minha filha. Montávamos a árvore, escrevíamos a cartinha do Papai Noel. Tentava mostrar para ela o verdadeiro espírito do Natal, nada material, e sim a história do menino Jesus. Imaginar que não tenho mais essas coisas me deixa muito triste.”

Ana Carolina diz que o apoio familiar, as sessões de terapia e sobretudo a fé a ajudam a seguir em frente. “Quando o indivíduo tem religião e acredita que aquela era a hora em que o ente querido tinha de morrer, costuma se recuperar com mais facilidade”, diz Valéria Tinoco, psicóloga de um instituto paulistano especializado em luto. “Elaborar o luto não é sofrer mais. É pensar em projetos futuros, em relações com pessoas novas. É dar mais espaço para a vida do que para a tristeza. Enquanto se está de luto, a vida deixa de ser interessante. Quando a vida volta, a dor pode coexistir. A dor existe, mas ela não é única.”

Assim como a fé, a capacidade de superação deriva do que alguns filósofos chamam de “transcendência”. “Em nossa sociedade, a fé é importante porque, entre outros fatores, ela expressa que as coisas podem ser diferentes e que não é adequado adotar uma postura de resignação diante dos desafios”, afirma o teólogo e filósofo Pedro Lima Vasconcellos, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica.

Num passado recente, dizia-se que o avanço da ciência e da tecnologia faria as religiões desaparecer. Ainda que o número de ateus possa ter aumentado, vê-se também um ressurgimento da religiosidade. O que explica essa explosão? Para os estudiosos, as pessoas ainda precisam da religião para lidar com as tragédias e acreditar que elas tenham algum propósito, algum sentido.

Foi isso que o professor de futsal Francisco Ludwig, conhecido como Francis, tentou encontrar depois das enchentes que castigaram Santa Catarina. Ele vive em Blumenau, é casado e tem três filhos. Sua vida mudou na noite de 23 de novembro, quando as chuvas destruíram sua casa e a de quase todos os seus vizinhos. Francis levou os desabrigados para o Colégio Shalom, ligado à Igreja Batista, onde ele leciona. “Chegamos a acolher 120 pessoas ao mesmo tempo”, afirma. “Procurei motivá-las. Dizia que Deus quer nos mostrar que devemos ser solidários e humildes.” Segundo ele, o tempo de convivência no abrigo serviu para unir as pessoas. Muitas que se conheceram ali se tornaram amigas e foram morar juntas – seja pela amizade, seja para dividir os gastos enquanto a situação continua precária.

A solidariedade e a humildade evocadas por Francis para consolar os desabrigados reunidos no abrigo estão na base dos ensinamentos de Cristo. São valores que tendem a unir as pessoas para enfrentar situações trágicas. Nos momentos em que a finitude da vida se revela de forma brutal, é comum que elas superem as diferenças e as barreiras religiosas para se ajudar mutuamente. Em muitos casos, a tragédia não apenas aproxima as vítimas umas das outras; também as aproxima da fé. O Natal, celebrado como uma festa em que as famílias se reencontram e os amigos se unem, permite reforçar os laços afetivos, criando a perspectiva de que não se está sozinho. “O fato de centenas de milhões de pessoas estar comemorando juntas uma data, em comunhão, ajuda na superação porque traz a noção de pertencimento”, diz Jacob Goldberg, professor convidado da faculdade de medicina da University College London, da Inglaterra, e autor do livro A Clave da Morte (editora Maltese). “É uma força para superar o luto.”

Há tragédias pessoais que questionam as crenças mais profundas. “A fé que dispensa a dúvida vira extremismo”, afirma Oneide Bobsin, teólogo, professor de Ciências da Religião e reitor das Faculdades EST (antiga Escola Superior de Teologia) de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Para ele, “certeza e incerteza são os dois lados da mesma moeda do poder da fé”. Esse parece ser o caso de Luiz Alberto de Vasconcellos Filho, de 53 anos. Nascido no Recife, Lulinha, como é conhecido, é dono de uma imobiliária no Guarujá, litoral paulista. Casado há 28 anos, ele descobriu ter hepatite C em 1992. “Tinha mal-estar, fraqueza. Fiquei ‘para baixo’. Passei a beber e piorei. O meu organismo já não agüentava mais o tratamento. Eu estava muito debilitado”, diz Lulinha. Só neste ano, ele foi internado oito vezes. “Às vezes, fico um pouco depressivo. Sem paciência. Mas vou vivendo, aos trancos e barrancos. Nunca pensei em desistir.” Lulinha afirma confiar no médico que o acompanha, doutor Sergio Mies. “Sabe o apelido que eu dei a ele? Deus. Não tenho religião. Tenho inveja de quem tem fé numa religião. Estudei em colégio de padre. s Temo a Deus. O doutor Sergio é o meu Deus”. Salete, a mulher de Lulinha, diz que, embora afirme não ter religião, o marido anda com uma santinha pendurada no pescoço, presente da mãe. “Eu tenho muita fé”, diz Salete. “Sou católica. Rezo. A mãe dele também reza muito. Acho que essa corrente de orações e pensamentos positivos em torno dele ajuda”, diz Salete. “Neste Natal, o nosso pedido é muita saúde. Vamos abrir a Bíblia, fazer uma oração e pedir a Deus que arrume um fígado para o Lulinha o mais rápido possível.”

A perseverança que leva Lulinha a lutar pela vida (ele afirma ter gastado R$ 600 mil em tratamentos desde que descobriu a doença) é uma característica das pessoas resilientes, que conseguem enfrentar situações difíceis sem se desestruturar. “Resiliência é quando a pessoa supera uma tragédia ou uma crise e consegue voltar para o trabalho, para as relações sociais e afetivas”, diz Kátia Monteiro de Benedetto Pacheco, psicóloga do Instituto de Reabilitação do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Não significa que a pessoa não sofra. Ela sofre. Mas consegue continuar desempenhando os papéis de antes. Às vezes, até revê seus valores.” Para Esdras Guerreiro Vasconcellos, psicólogo e professor de pós-graduação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, o resiliente torna-se mais humano após passar por uma grande dificuldade. “Ele tem uma crença inabalável na vida”, diz Esdras. “O resiliente passa por crises. Mas se renova e se revitaliza na própria crise.”

O caso do ex-caminhoneiro Luiz Paciani, de 58 anos, ilustra essa situação. Ele sofreu um acidente na estrada, no interior de São Paulo, no dia 14 de março. Sofreu duas amputações na perna direita. “Pelo jeito que ficou o caminhão, acho que tive muita sorte nesse acidente. Não pensei que fosse morrer. Também não tive medo. Nunca senti medo da morte. Nem penso nisso”, diz. O acidente impôs limitações a sua vida. Ele não pode dirigir. Também foi obrigado a abandonar as partidas de futebol que disputava quase todo domingo. “Substituí o futebol por baralho. Todo domingo vou ao clube. Os meus amigos perguntam: ‘Vai jogar futebol?’. Eu respondo: ‘Não. Esqueci a chuteira’.” Luiz diz não se importar com a aparência. “Não estou nem aí se as pessoas ficam olhando. Vou à praia, à piscina, ao sítio, festa, casamento, ando de shorts. Não tenho vergonha nenhuma”, afirma. “Tenho fé. Acredito em Deus. A fé me ajudou. Não imaginei que eu fosse reagir bem depois do acidente. Olho mais para o futuro. Não fico pensando no passado. Estou abismado comigo mesmo. Penso em seguir a vida. Colocar prótese, comprar um carro adaptado e voltar a dirigir.”

Para os especialistas em resiliência, desenvolver a capacidade de vislumbrar o que pode ser feito para se adaptar à nova realidade independe da fé – mas, quando existe, a fé pode ajudar a enfrentar situações difíceis de maneira mais positiva. “A pessoa que usa a religião como um apoio, para se fortalecer e procurar superar os obstáculos, terá um melhor resultado na resiliência”, diz Kátia Pacheco, do Hospital das Clínicas.

A trabalhadora rural Cacilda Galante Ferreira, de 37 anos, ficou conhecida no Brasil inteiro por sua obstinada luta para preservar a vida da filha, Marcela. A menina nasceu sem o córtex cerebral, mas permaneceu viva por 1 ano e 8 meses. Depois da morte da filha, em agosto, o diagnóstico de anencefalia foi questionado e alguns médicos disseram que Marcela sofria, na verdade, de merocrania, malformação rara em que há apenas resquícios do tecido cerebral. Qualquer que seja a verdade científica, ela não diminui em um milímetro a força do exemplo de Cacilda. “Não chorei nem um segundo desde que recebi a notícia de que ela tinha uma doença rara”, diz ela. “Fui eu quem consolou a família quando ela foi embora. Sinto muitas saudades. Mas tristeza não.” Cacilda vive hoje num sítio na área rural de Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo. Quando Marcela estava viva, ela e a mãe moravam na cidade. O quarto da menina, com seu berço e brinquedos, até hoje não foi desmontado. “Quero passar o Natal lá para me sentir mais perto dela. Quando sinto saudades da Marcela, aperto o peito bem forte, respiro fundo e começo a sentir o cheiro dela. Para mim, a Marcela não morreu. Ela continua viva dentro do meu peito”, diz. Católica, Cacilda afirma que a fé foi fundamental para superar os momentos mais delicados. “Aceitei de coração e sabia que Deus me recompensaria de alguma maneira. Essa foi a vida que Deus deu para ela, mesmo que durasse um minuto. Deus foi muito bom de deixar ela viver comigo tanto tempo. Eu costumo dizer que a Marcela é a minha pedra preciosa, que eu lapidei com muito carinho e entreguei bonitinha para Deus. Um dia a gente vai se reencontrar.”

A esperança de Cacilda, que acredita num reencontro com a filha em outro plano, é o alimento para aceitar uma situação sobre a qual ela não tinha controle algum. “Isso ajuda a pessoa a suportar e até a vencer situações”, diz o teólogo Oneide Bobsin. “A pessoa acolhe a vontade divina, seja ela qual for. Nessa perspectiva, é possível superar as adversidades a partir da fé. Mas não há uma garantia de sucesso.”

Embora alguns religiosos afirmem que a atual celebração do Natal, com sua vertente consumista ofuscando o teor espiritual, tenha perdido parte do significado, é inegável que a data preserva o sentimento de esperança. “A consciência do mistério, o respeito àquilo que desconhecemos, pode significar alegria, renascimento e esperança”, afirma o psicólogo Jacob Goldberg. “O espírito natalino é fundamentalmente a esperança”, diz o padre Juarez Pedro de Castro, da Arquidiocese de São Paulo. “É uma força que Deus coloca dentro da gente que faz com que nós possamos nos levantar, nos reerguer.”

De maneira paradoxal, o Natal pode ser também uma fonte de frustrações. Segundo o psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de Medicina e Espiritualidade da Universidade de São Paulo, é a época do ano com maior número de surtos psicóticos, suicídios e situações de violência. Como as festas de final de ano são datas que costumam ser alegres, quem está de luto tende a se sentir excluí­do. “É importante encontrar um espaço para a dor nesses momentos”, diz a psicóloga Valéria Tinoco. “É bom falar da pessoa querida, marcar a ausência ajuda. Fingir que nada aconteceu é ruim.” Para evitar sentimentos extremados, Sérgio Oliveira, que é espírita, recomenda buscar a renovação em si próprio, nos gestos que estão ao alcance de cada um. “Quem perdeu um parente querido pode se envolver com projetos de caridade”, afirma. “Procurar uma causa social ajuda muito: fazer o Natal num orfanato, num asilo. É uma idéia que tem muito mais afinidade com Cristo e que traz um consolo.”

O Natal pode ser também o momento de exercer o perdão, como fazem, ou tentam fazer, alguns dos personagens que aparecem nesta reportagem. A fé não precisa se expressar numa linguagem religiosa. Já no século XVI, o pai da Reforma Protestante, Martinho Lutero, dizia que aquilo em que se põe o coração pode se transformar em seu Deus – religioso ou não.

LUTO

“Todo momento é difícil”
A família e a religião ajudam Ana Carolina a suportar a dor pela perda de Isabella

“Já se foram quase nove meses e a cada dia é mais difícil acreditar, e entender, o que aconteceu. Todos os momentos são difíceis, desde o amanhecer até o anoitecer. Nossas rotinas foram quebradas. Estarei em casa, com minha família, mas será um ano diferente. Eu sempre gostei de Natal e passava todos esses momentos com a minha filha. Montávamos a árvore, escrevíamos a cartinha do Papai Noel. Tentava mostrar para a Isabella o verdadeiro espírito do Natal, nada material, e sim a história do menino Jesus. É triste demais saber que mais um dia vai passar e ela nunca mais vai voltar.”

ESPERA

“Meu médico é Deus”
Na fila do transplante de fígado, Luiz Alberto jamais perdeu a vontade de lutar pela vida

“Quem tem hepatite C vai vivendo e sabe que, um dia, vai precisar fazer um transplante. Quem não consegue matar o vírus morre. Só neste ano, fui internado oito vezes por causa de infecções no pulmão e no abdome. Já me acostumei a sofrer. Mas fico na expectativa do transplante. Às vezes, fico pensando se esse é o meu carma. Se sou um predestinado. Mas uma batalha eu já ganhei: estou vivo. Confio muito no meu médico. Sabe o apelido que eu dei a ele? Deus. Ele vai me salvar.”

UNIÃO

“Deus nos quer solidários”
O professor Francis Ludwig fez de uma escola um abrigo que uniu os flagelados de SC

“Chovia demais em 23 de novembro. Acolhi mais de 25 pessoas na minha casa, num dos bairros mais atingidos de Blumenau, a 50 metros do Colégio Shalom, onde trabalho. O barranco atrás da casa cedeu e derrubou o muro. Passei a coordenar um abrigo no colégio. Procurei motivar as pessoas, apresentar uma vida que é possível. Isso aconteceu porque Deus queria nos mostrar que devemos ser solidários e humildes. Se a gente não tiver sonhos, não pensar no futuro, a tendência é desanimar. O Natal é um período de reflexão. Temos de traçar metas e correr atrás. Muitas pessoas saíram do abrigo fortalecidas.”

RESILIÊNCIA

“A fé me ajudou”
Vítima de um acidente, o ex-caminhoneiro Luiz Paciani segue otimista

“Perdi muito sangue. Para me tirar dali, foram uns 40 minutos. Mas sabe que não fiquei desesperado? Pelo jeito que ficou o caminhão, tive muita sorte nesse acidente. Não sei de onde tiro forças. Minha família é muito boa. Muito unida. Não imaginei que eu fosse reagir bem depois do acidente. Estou abismado comigo mesmo. Penso em seguir a vida. Colocar a prótese. Voltar a dirigir. Comprar um carro adaptado. Tenho planos. Este é o primeiro Natal depois do acidente, A comemoração vai ser legal. Eu sempre fazia uma farra. Vou inventar alguma coisa.”

Santo do dia - 24 de dezembro


SANTA TARSILA

A família romana Anicia teve a graça de enviar para a Igreja aquele que foi um dos grandes doutores da Igreja do Ocidente, o Papa Gregório Magno, depois também Santo. Era um homem de estatura pequena e de saúde frágil, mas um gigante na administração e uma fortaleza espiritual. Entre seus antepassados paternos estão o imperador Olívio, o Papa e Santo Félix III e o senador Jordão, que era seu pai.

A formação intelectual, religiosa e moral do menino Gregório ficou sob a orientação e cuidado de sua mãe, a futura Santa Sílvia e de suas tias: Tarsila, Emiliana, também Santas, e de Jordâna, irmãs de seu pai, que logo faleceu. Tarsila e Emiliana eram muito unidas, além do parentesco, pelo fervor da fé em Cristo e pela caridade. As três viviam juntas na casa herdada do pai, no Monte Célio, como se estivessem num mosteiro.Tarsila era a guia de todas, orientando pela Palavra do Evangelho e pelo exemplo da caridade e da castidade. Dessa maneira, os progressos na vida espiritual foram grandes. Depois, Jordâna decidiu seguir a vida matrimonial, casando-se com um bom cristão, o administrador dos bens da sua família.

Tarsila permaneceu com a opção de vida religiosa que havia escolhido, sempre feliz, na paz do seu retiro e na entrega de seu amor a Deus, até que foi ao Seu encontro na glória de Cristo.

Santo Gregório relatou que a tia Tarsila tivera uma visão de seu bisavô, o Papa Santo Félix III, o qual lhe teria mostrado o lugar que ocuparia no céu, com essas palavras: "Vem, que eu haverei de te receber nestas moradas de Luz".

Após essa experiência, Tarsila ficou gravemente enferma. No seu leito de morte, ao lado da irmã Emiliana e dos parentes, pediu para que todos se afastassem dizendo: "Está chegado Jesus, meu Salvador!". Com estas palavras e sorrindo entregou sua alma a Deus. Ao ser preparada para o sepultamento, encontraram calos, duros e grossos, em seus joelhos e cotovelos, causados pelas contínuas penitências. Durante as orações, que duravam muitas horas, rezava ajoelhada e apoiada, diante de Jesus Crucificado.

Poucos dias depois de morrer, Tarsila apareceu em sonho para sua irmã Emiliana e a convidou para celebrarem juntas a festa da Epifania no céu. E foi isso que aconteceu, Emiliana acabou morrendo na véspera do dia dos Reis. O culto a Santa Tarsila, mesmo não sendo acompanhado de fatos prodigiosos, se manteve discreto e persistente ao longo do tempo. Talvez pelo enriquecimento dos exemplos singulares narrados pelo sobrinho, Papa Santo Gregório Magno, o qual, entretanto nunca citou o ano do seu falecimento no século VI.

A Igreja Católica estabeleceu o dia 24 de dezembro para as homenagens litúrgicas de Santa Tarsila, data transmitida pela tradição dos seus fiéis devotos.

Santa Tarsila, rogai por nós

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

23 de dezembro - Santo do dia

São João Câncio

Considerado um dos santos mais representativos e queridos da heróica Polônia, são João Câncio é chamado, pelo povo, de a "glória da nação polonesa" e o "pai da pátria". Isso num país que sempre teve orgulho de sua fé no cristianismo e da fidelidade à cátedra de Pedro.

João Câncio nasceu em 23 de junho de 1390, no povoado de Kenty, e viveu sempre em sua cidade, Cracóvia. Lá, conquistou todos os graus acadêmicos e lecionou em sua principal universidade até morrer. A grande preocupação de seu magistério era transmitir aos alunos os conhecimentos "não à luz de uma ciência fria e anônima, mas como irradiação da ciência suprema que tem sua fonte em Deus".

Mesmo depois de ordenar-se sacerdote, continuou a cultivar a ciência, ao mesmo tempo que fazia seu trabalho pastoral como vigário da paróquia de Olkusz. Homem de profunda vida interior, jejuava e penitenciava-se semanalmente, ao mesmo tempo que espalhava o amor pelo próximo entre os estudantes e os pobres da cidade.

Há um exemplo claro de sua personalidade em sua biografia, que remonta às inúmeras peregrinações e romarias aos túmulos dos mártires em Roma, bem como aos lugares santos da Palestina. Numa dessas incontáveis viagens, foi assaltado. Os bandidos exigiram que João Câncio lhes desse tudo que tinha, depois perguntaram ainda se não estava escondendo mais nada. Ele afirmou que não.

Depois que os ladrões partiram, ele se lembrou de que ainda tinha algumas moedas no forro do manto. Achou-as, correu atrás dos bandidos, deu-lhes as moedas e ainda pediu desculpa pelo esquecimento.

Anos depois, ao perceber a proximidade da morte, distribuiu os poucos bens que possuía aos pobres, falecendo às vésperas do Natal de 1473. Foi canonizado por Clemente II em 1767. São João Câncio era celebrado no dia 20 de outubro, mas agora sua festa acontece um dia antes daquele que marca sua morte.

Para homenagear o "professor santo", que foi modelo para gerações inteiras de religiosos, o papa João Paulo II foi à Polônia em 1979. Na ocasião, consagrou uma capela em memória do padroeiro da Polônia, são João Câncio, na igreja de São Floriano. Nela, na metade do século XX, o mesmo papa, então um jovem sacerdote, iniciava o seu serviço de vigário paroquial.

São João Câncio, rogai por nós

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

22 de novembro - Santo do dia


SANTA FRANCISCA XAVIER CABRINI

Filha de família pobre, cresceu em meio a miséria e desgraça. Franzina, de saúde fraca, que não conseguiu ser aceita nos conventos. Apesar disso, era dona uma alma grandiosa, digna de figurar entre os santos. Assim pode ser definida Santa Francisca Cabrini, com sua vida voltada somente para a caridade e o bem do próximo.

Francisca era a penúltima de quinze filhos nascidos numa família camponesa de uma cidade lombarda ao norte da Itália, no fim do século XIX. Desde pequena, Francisca se entusiasmava ao ler a vida dos santos, especialmente São Francisco Xavier, a quem venerou tanto que assumiu seu sobrenome, se auto-intitulando Xavéria.

Sua infância e adolescência foram tristes e simples, cheias de sacrifícios e pesares. Francisca, porém, gostava tanto de ler e se aplicava de tal forma nos estudos que seus pais fizeram o possível para que ela pudesse se tornar professora.

Mas, mal se viu formada, encontrou-se também órfã. No prazo de um ano perdeu o pai e a mãe. Enquanto lecionava e atuava em obras de caridade em sua cidade, acalentava o sonho de entregar-se de vez à vida religiosa.

Aos poucos foi criando coragem e, por fim, pediu admissão em dois conventos, mas não foi aceita em nenhum. Isso por causa de sua fragilidade física, além da displicência e egoísmo do padre de sua paróquia, que a queria perto de si, para ajudá-lo nas obras de caridade da comunidade.

Francisca, embora decepcionada, nunca desistiu desse sonho. Passado o tempo, quando já tinha trinta anos de idade, desabafou com um bispo o quanto desejava abraçar uma obra missionária e esse a aconselhou: "Quer ser missionária? Pois se não existe ainda um instituto feminino para esse fim, funde um". Foi exatamente o que ela fez.

Com o auxílio do vigário, fundou um instituto religioso sob a proteção de São Francisco Xavier, obtendo ainda o apoio do papa Leão XIII, que apontou o alvo para as missões de Francisca: "o Ocidente, não o Oriente como fez São Francisco".

Era o período das grandes migrações rumo às Américas por causa das guerras que assolavam a Itália e as pessoas chegavam aos cais do novo mundo desorientadas, necessitadas de apoio, solidariedade e, sobretudo, orientação espiritual.

Francisca preparou missionárias dispostas e cheias de fé como ela que passaram a acompanhar os emigrantes em sua jornada, fundando nas terras a que chegavam os hospitais, asilos e escolas que lhes possibilitavam calor humano, amparo e conforto.

Em trinta anos de febril atividade, Santa Francisca Cabrini fundou sessenta e sete casas na Itália, França e nas Américas, inclusive no Brasil. Mais de trinta vezes cruzou os oceanos aquela pequena e fraca professora lombarda, que enfrentava autoridades políticas em defesa de seus imigrantes em seus novos lares.

Madre Cabrini, como era popularmente chamada, morreu em Chicago, em 1917, com sessenta e sete anos de idade.

Santa Francisca Xavier Cabrini, rogai por nós

domingo, 21 de dezembro de 2008

21 de dezembro - Santo do dia


São Pedro Canísio

Nasceu em 8 de maio de 1521 em Niemguen, Holanda.

A catequese sempre exerceu um fascínio tão grande sobre Pedro Canísio que, quando tinha menos de treze anos, ele já reunia meninos e meninas à sua volta para ensinar passagens da Bíblia, orações e detalhes da doutrina da Igreja. Mais tarde, seria autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de duzentas edições e foi traduzido em quinze línguas. Mas teve também grande atuação no campo teológico, combatendo os protestantes.

Peter Kanijs para os latinos, Pedro Canísio nasceu em 8 de maio 1521, no ducado de Geldern, atual Holanda. Ao contrário dos demais garotos, preferia os livros de oração às brincadeiras. Muito estudioso, com quinze anos seu pai o mandou estudar em Colônia e, com dezenove, recebeu o título de doutor em filosofia. Mas não aprendeu somente as ciências terrenas. Com um mestre profundamente católico, Pedro também mergulhou, prazerosamente, nos estudos da doutrina de Cristo, fazendo despertar a vocação que se adivinhava desde a infância.

No ano seguinte ao da sua formatura, os pais, que planejaram um belo futuro financeiro para a família, lhe arranjaram um bom casamento. Mas Pedro Canísio recusou. Não só recusou como aproveitou e fez voto eterno de castidade. Foi para Mainz, dedicar-se apenas ao estudo da religião. Orientado pelo padre Faber, célebre discípulo do futuro santo Inácio de Loyola, em 1543 ingressou na recém-fundada Companhia de Jesus. Três anos depois, ordenado padre jesuíta, recebeu a incumbência de voltar para Colônia e fundar uma nova Casa para a Ordem. Assim começou sua luta contra um cisma que abalou e dividiu a Igreja: o protestantismo.

Quando era professor de teologia em Colônia, sendo respeitado até pelo imperador, Pedro Canísio conseguiu a deposição do arcebispo local, que era abertamente favorável aos protestantes. Depois, participou do Concílio de Trento, representando o cardeal Oto de Augsburg. Pregou e combateu o cisma, ainda, em Roma e Messina, onde lecionou teologia. Mas teve de voltar à Alemanha, pois sua presença se fazia necessária em Viena, onde o protestantismo fazia enormes estragos.

Foi nesse período que sua luta incansável trouxe mais frutos e que também escreveu a maior parte de suas obras literárias. Fundou colégios católicos em Viena, Praga, Baviera, Colônia, Innsbruck e Dillingen. Foi nomeado pelo próprio fundador, Inácio de Loyola, provincial da Ordem para a Alemanha e a Áustria. Pregou em Strasburg, Friburg e até na Polônia, sempre denunciando os seguidores do sacerdote Lutero, pai do protestantismo.

Admirado pelos pontífices e governantes do seu tempo, respeitado como primeiro jesuíta de nacionalidade alemã, Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburg, atual Suíça, após cinqüenta e quatro anos de dedicação à Companhia de Jesus e à Igreja. Foi canonizado por Pio XI, em 1925, para ser festejado, no dia de sua morte, como são Pedro Canísio, doutor da Igreja, título que também recebeu nessa ocasião.

Foi educado em Colonha e estudou teologia em Mainz. Em 1543 ele entrou para a Ordem da Companhia de Jesus (jesuítas) e mais tarde voltou a Colonha onde fundou uma comunidade jesuíta e atuou na resistência contra as políticas protestantes do Arcebispo de Hermann de Wied. Como seus talentos foram logo reconhecido pela Ordem, ele foi indicado professor em Colonha em Viena e Ingolstadt e estabeleceu Colégios Jesuítas em Munique, Innsbruck, Viena ,Wurzburg e Dillingen. Ele logo ficou famoso pelos seus notáveis sermões e uma coerente defesa da Doutrina Católica e sua resistência ao protestantismo especialmente na Bavária, Boehmia e em outras partes da Áustria. O Arquiduque (mais tarde imperador) Ferdinando tornou Pedro seu conselheiro e ofereceu a ele a importante SÉ Viena em 1552. Os superiores de Pedro exigiram que ele não aceitasse a Sé já que seus talentos eram exigidos em outros locais par a luta contra o Protestantismo.

Ele tem o crédito de ter revitalizado o Catolicismo na Áustria e na Alemanha numa época de grande perigo de perda para o Protestantismo. Pelos seus brilhantes escritos e é honrado como o segundo Apóstolo da Alemanha. Um notável teólogo, Pedro foi o autor de vários catecismos, o mais famoso sendo a "Summa Doutrinae Cristianae" publicado em 1555. Summa apresenta os dogmas católicos e 211 questões e respostas e é a principal obra da Reforma Católica (com exceção dos Exercícios Espirituais) e já foi impressa em 400 edições ao longo dos anos.

Pedro faleceu em do dia 21 de dezembro de 1597, na cidade de Friburgo, Suíça

Foi beatificado em 1864 pelo papa Pio IX e canonizado e indicado Doutor da Igreja em 1925 pelo Papa Pio XI.

É padroeiro da Alemanha, dos escritores e da imprensa católica.

Sua festa é celebrada no dia 21 de dezembro

São Pedro Canísio, rogai por nós