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terça-feira, 28 de outubro de 2008
Santos do dia - 28 de outubro
SÃO JUDAS TADEU E SÃO SIMÃO, O ZELOTE
São Judas, um dos apóstolos que celebramos hoje, para não ser confundido com Judas Iscariotes, "apóstolo da perdição", o traidor de Jesus, foi chamado nos Evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa: festejado. Tadeu, quer dizer: peito aberto, destemido ou, melhor ainda, magnânimo.
Era natural de Caná da Galiléia, na Palestina, e filho de Alfeu também chamado Cléofas e de Maria Cléofas, ambos parentes de Jesus. O pai, Alfeu, era irmão de São José; a mãe, Maria Cléofas, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.
Os escritos cristãos dessa época revelam mesmo esse parentesco, uma vez que Judas Tadeu seria um dos noivos mencionados no episódio das bodas de Caná e, por isso, Jesus, Maria e os apóstolos estariam lá.
Na Bíblia ele é citado pouco, mas de maneira importante. No Evangelho de Mateus, 10,4 vemos apenas que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus.
Já nas escrituras de João ele é mencionado mais claramente (Jo 14,22). Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-Te a nós e não ao mundo?". Jesus lhe respondeu que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. (Jo 14,23).
Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, que traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres.
Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo Evangelho. Depois foi para a Samaria e, perto do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos.
Conta a tradição que percorreram juntos as doze províncias do império persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte, os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens.
Ao certo, o que sabemos é que o apóstolo Judas Tadeu se tornou um mártir da fé, isto é morreu por amor a Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que pagãos se convertiam. Os sacerdotes pagãos furiosos mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70.
Os restos mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois na França, agora são venerados em Roma, na Basílica de São Pedro.
Considerado pelos cristãos como o Santo intercessor das causas impossíveis, foi a partir da devoção de Santa Gertrudes que essa fama ganhou força no mundo católico. Em sua biografia, ela relatou que Jesus lhe aconselhou invocar São Judas Tadeu até nos "casos mais desesperados".
Depois disso aumentou o número de devotos do seu poder de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido.
A festa de São Judas Tadeu é celebrada no dia 28 de outubro, tanto na Igreja ocidental como na oriental. No Brasil é um evento que altera toda a rotina do país, pois são multidões de católicos que querem agradecer e celebrar nas igrejas o querido santo padroeiro.
São Judas Tadeu, rogai por nós
O segundo apóstolo homenageado hoje é São Simão, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Bíblia mesmo, recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus e Marcos. Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referência a Canaã, a terra de Israel.
Mas quando Lucas, no seu Evangelho, o chama de "o zelote", parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria, mesmo, um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época.
Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o Evangelho sem nada levar consigo. Operou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus.
Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que, no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras.
Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa.
Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107, durante o governo do imperador Trajano, com cento e vinte anos de idade.
São Simão, rogai por nós
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