Bispo barra manifesto pró-PT
D. Pedro pede perdão a fiéis por apoio de padres a MartaVera Rosa Estadao.com
- Nota do Blog Somos Católicos: o Blog é apolítico, mas não pode deixar de expressar sua indignação com o apoio de padres da Igreja Católica Apostólica Romana a uma senhora que é declaradamente favorável ao aborto e a união civil entre homossexuais.
Os editores do Blog entendem que a atitude daqueles sacerdotes deve ser repudiada por todo católico, já que estão apoiando uma politica que defende atos que atentam contra a vida, contra a dignidade e contra a moral cristã. Obrigado.
"A Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral", reagiu o bispo. Coordenador da comissão que idealizou o manifesto, o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, afirmou que o texto foi mal interpretado.
"Não estamos dando um cheque em branco para Marta", disse Carvalho. Um dos principais auxiliares de Lula no Planalto, ele lembrou que a carta, assinada pelo Fórum de Católicos pela Justiça, em Favor dos Mais Pobres, também não expressa a posição oficial da Igreja Católica, mas, sim, de alguns setores.
"Eu compreendo a preocupação de d. Pedro de não permitir que a Igreja se posicione eleitoralmente. Mas o Fórum não é de padres, é de católicos", insistiu Carvalho.
Ex-seminarista, o homem forte de Lula - que desembarcou em São Paulo há dez dias, para socorrer a campanha de Marta - integra o movimento Fé e Política. Trata-se de uma ala da chamada Igreja progressista que considera necessário o posicionamento de cristãos em defesa de projetos que mais se aproximem do Evangelho.
"Só lamento que em nenhum momento tenha havido manifestação oficial da Igreja sobre o site de Gilberto Kassab (DEM), que ostenta fotos com bispos e padres", argumentou Carvalho, numa referência ao prefeito, candidato à reeleição.
O padre Tarcísio Marques Mesquita, que também participou da reunião para o lançamento do manifesto pró-Marta, disse que a mensagem de apoio à petista não foi lida nas missas.
"O nosso objetivo não foi produzir animosidade nem ofender o outro candidato e, sim, defender projetos que contemplam os moradores de rua, os excluídos. Não queremos criar polêmica, mas o padre Marcelo Rossi apareceu outro dia com um bolo na mão e Kassab apagou as velinhas. Eu não cantei parabéns para ninguém", comentou o padre, ao lembrar que o prefeito também expôs suas idéias na Região Episcopal Belém.
Tanto Mesquita como Carvalho admitiram que Marta enfrenta rejeição de setores da Igreja e de evangélicos por defender a ampliação do direito ao aborto e a união civil entre homossexuais. Ressalvaram, porém, que a prefeitura não cuida desses temas. "Claro que não sou a favor do aborto, mas não discutimos isso. Também não ficamos em celeumas sobre opção sexual. Tratamos de questões mais sublimes, como saneamento básico e centros de saúde", garantiu Mesquita.
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