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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Santo do dia - 16 de setembro


SANTA ADELAIDE

Contada por Santo Odilo, que a conheceu pessoalmente, a vida de Santa Adelaide emociona pelos altos e baixos pelos quais passou.

De esposa de um rei tornou-se prisioneira, sofreu maus tratos e passou por diversas privações, para depois, finalmente assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e necessitados.

Adelaide ficou órfã aos seis anos. Casada com o rei Lotário, da Itália, enviuvou aos dezenove e foi presa por causa da luta pelo poder. Quando conseguiu a liberdade, procurou o apoio de Oton, imperador da Alemanha. Na verdade, implorou ajuda, pois o usurpador Berenjário se havia apossado de todos os seus bens.

Como também o papa já se havia colocado contra ele, Oton reuniu seu exército, atravessou os Alpes e atacou Berenjário, fazendo com que fugisse. Oton, com o apoio do capelão Martinho, não só deu liberdade definitiva a Adelaide como a pediu em casamento. Assim, de um dia para o outro, Adelaide saltou da miséria e abandono para o poder e a grandeza.

Durante anos tudo parecia pintado com as cores da felicidade, mas o infortúnio a atingiu novamente. Seu marido morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Morto o imperador, assumiu seu filho, Oton II.

Enquanto este seguiu os conselhos de Adelaide, tudo correu bem. Mas sua esposa, Teofânia, princesa de origem grega, logo decidiu lutar para ter influência no trono. Assim, passou a lançar acusações e suspeitas sobre Adelaide.

Tanto fez, que enfiou na cabeça de Oton II que sua mãe esbanjava os bens da coroa por causa das doações que fazia a conventos, pobres e carentes. A campanha foi tão forte que o filho voltou-se contra a mãe, exigindo que ela deixasse o reino.

Adelaide procurou abrigo na Itália e depois na terra do irmão, Borgonha. Mas a tristeza tomara conta de seu coração por causa da ingratidão do filho que, além de fazer de sua vida um inferno, permitiu que seu reino fosse dominado por injustiça, luxo, discórdia e leviandade, tudo graças à atuação de Teofânia.

Entretanto, o abade de Cluny interferiu e, conversando muito com Oton, mostrou-lhe o caminho errado que trilhava. Oton se arrependeu, convidou a mãe a visitá-lo e pediu perdão. Depois de dois anos de separação, finalmente mãe e filho se reconciliaram num abraço cheio de amor. A paz voltou ao reino, mas o imperador morreria logo depois.

Como o neto de Adelaide, Oton III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe Teofânia o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia se encaminhar para o martírio. A nova regente chegou a avisar aos seus auxiliares que pretendia ver Adelaide "sob um palmo de terra". Mas Teofânia atraiu para si os males que desejava e morreu quatro semanas depois.

Adelaide assumiu o trono dando uma demonstração da justiça e solidariedade que marcariam seu governo. Imediatamente chamou as duas filhas de sua maior inimiga para morar com ela. De outro lado, foi um reinado onde as obrigações políticas e religiosas se contrabalançaram, trazendo felicidade e prosperidade para o povo e a nação.

Os últimos anos de sua vida, Adelaide viveu no convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela mesmo fundara. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no ano de 999.

Santa Adelaide, rogai por nós

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