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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

3 de dezembro - Santo do dia


SÃO FRANCISCO XAVIER

A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos.

Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus.

Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de abrir a evangelização nas Américas e no oriente (Índia, Japão e China).

São Francisco Xavier, um jesuíta exemplar e considerado o maior deles, foi o fundador dessas missões no oriente. Tão significativo foi seu trabalho que é apelidado também de "São Paulo do oriente".

Francisco nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 1506. Era filho de uma família nobre que projetou para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o com dezoito anos na universidade de Paris.

Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e passou a lecionar na mesma universidade. Mas ali também conheceu um aluno de idade já avançada e idéias objetivas e tudo mudou. Tratava-se de Santo Inácio de Loyola.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetados em si por sua família.

Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?". Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, passou quarenta dias preparando-se na solidão e foi ordenado sacerdote, rezando sua primeira missa com trinta e um anos e tornando-se co-fundador da Companhia de Jesus.

O santo passou então a cuidar dos doentes, principalmente dos portadores da mais terrível doença de então, a lepra. Em Veneza, recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de tocar.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola que organizasse um grupo de sacerdotes para acompanhar as expedições ao oriente e evangelizar as Índias.

Pronto e treinado o grupo, um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier tomou seu lugar. Foi em Lisboa que embarcou como um dos novecentos passageiros do navio com destino às Índias, iniciando uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro.

Mas, finalmente, chegaram a Goa. A partir dali são Francisco Xavier realizou um das missões mais estafantes da história da Igreja. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava ali outro sacerdote para tocar a obra, enquanto abria novas frentes em outra região.

Saindo das Índias, penetrou no Japão e conseguiu até algumas incursões clandestinas na China. Foi justamente numa ilha defronte à China que Francisco se viu acometido de uma febre persistente. Foi ficando cada vez mais fraco e doente. Morreu em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade.

Considerado o protótipo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões

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