Um dia, o filho entra em casa após a aula, batendo forte os pés no assoalho de sua casa. Seu pai, que estava na sala lendo, ao ver aquilo, chama o filho para uma conversa. O filho, intrigado já vai adiantando: - Pai, estou com muita raiva. O meu amigo, zombou de mim na escola. Ele me humilhou na frente dos meus colegas. Disse que sou devagar, jogo futebol muito mal e acabo atrapalhando as brincadeiras. Quero que ele sofra um acidente, e não possa mais ir à escola ! O pai escutou tudo calado e foi até um abrigo, onde guardava um saco de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou calado. - Filho - disse docemente o pai - está vendo esse saco de carvão aqui ? - Sim, pai ! – respondeu o filho. - Faz de conta que aquela camisa branquinha ali estendida no varal, seja o amigo que zombou de você! E que cada mau pensamento seu, seja endereçado a ele, na forma de pedaço de carvão. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa. Quando você terminar, voltaremos a conversar está bem? O filho achou a brincadeira divertida. O varal estava longe e ele acertou poucos pedaços de carvão na camisa, ou melhor, no “seu amigo”. Quando acaba, vira-se para o pai e diz: - E agora pai, o que faremos ? O pai então, pede ao filho que o acompanhe até o quarto e se veja no espelho. Assustado, o filho percebe que está todo sujo de carvão. A camisa branquinha ficou menos suja do que ele. Na vida também é assim, pois quando desejamos o mau ao nosso semelhante, quando elevamos nossos maus pensamentos contra alguém, a sujeira, os resíduos, a fuligem, recaem muito mais sobre nós mesmos. A vingança machuca mais aquele que quer se vingar. A falta de perdão endurece o nosso coração, semeia a discórdia, planta o mau e volta-se contra nós mesmos. É como diz o ditado: “A vingança nunca é plena, mata a alma e o corpo envenena !” |
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
A vingança
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